terça-feira, 12 de janeiro de 2016

PARTO: NÓS SOMOS CAPAZES



Desde que eu me entendo por gente, eu tenho uma ideia formada na cabeça: não quero ter filhos. Sempre disse isso, mas nunca entendi exatamente o porquê dessas palavras que saiam da minha boca com tanta facilidade. Em um belo dia, comecei a pensar porque eu não queria ter filhos se eu sempre amei crianças e sempre tive uma afinidade extrema com elas. Não posso ver uma criança que já quero brincar com ela ou, de alguma forma, lhe arrancar um sorriso, e eu sempre sou bem sucedida. É um amor recíproco. A resposta foi dura, mas eu tinha que encará-la. Eu tinha medo. Medo do parto. Quando criança, eu não conseguia entender como seria possível um bebê sair de dentro de uma vagina. Logo, sempre tive medo de parir.

Se meu medo era o parto, você deve estar pensando: por que não fazer uma cesariana ao invés de não ter filhos? Bom, eu sempre pensei que fazer um corte na minha barriga não seria muito agradável. Além de que, desde pequena, sou a favor de tudo que é natural, porque fui criada assim. Consequentemente, essa alternativa já estava descartada desde o princípio. Mas a questão não é essa. O ponto é que, se eu tinha esse medo, outras mulheres também devem ter. E nós não podemos ter medo de fazer algo que fomos feitas pra fazer. 

A realidade é que somos envoltos por uma cultura que coloca a mulher como um ser frágil e delicado e, portanto, incapaz de ter força suficiente para enfrentar um parto. Ademais, no Brasil, os números de parto cesariano são muito maiores que os de parto normal e os próprios médicos nos incentivam a escolher a primeira opção, por que é mais fácil. Mais fácil pra eles. Acontece que somos muito fortes e poderosas energicamente, somos capazes de gerar a vida! Devemos considerar isso um milagre e não algo temeroso. O parto é resumido em dor, crescemos ouvindo e acreditando nisso, mas, na verdade, é muito mais do que isso, é amor. Nós, mulheres, somos dotadas da capacidade de parir com muita força e delicadeza simultaneamente. Precisamos parar de temer o dom que nos foi dado. Não temos que ter medo da dádiva de conceber uma vida. Nós somos capazes.

Cada pessoa tem suas próprias opiniões e é responsável pelas suas escolhas. Querer ou não ter filhos é uma escolha sua. Mas se você ama crianças e adoraria ter uma com você todos os dias, não faça como eu, colocando na sua cabeça que você não quer ter filhos, sendo que na verdade, você está com medo da parte mais fácil em ter uma criança: o parto. Como eu já disse, é natural da mulher conceber uma vida, parir. E isso é algo lindo, o qual devemos nos orgulhar de sermos capazes.

Deixo aqui uma palestra da Naolí Vinaver, que uma amiga compartilhou comigo, que fará você entender um pouco mais sobre o poder das mulheres.


quinta-feira, 7 de janeiro de 2016

MÚSICA: ANAVITÓRIA


Posso ser uma maníaca por textões reflexivos, mas se tem uma paixão que me persegue é a poesia. Vejo na poesia uma forma singela de expressar as sinestesias que moldam nossas vidas. E algo que é mais lindo ainda, é quando a poesia se une à melodia e se transforma em música. Sou uma pessoa bastante eclética, gosto de tudo e mais um pouco, não me apegando a estilos, mas à músicas específicas e de gêneros variados. Eis que ouvindo um mix do youtube, acabei descobrindo uma dupla sensacional. Gostei de todas as músicas que ouvi e resolvi compartilhar aqui, porque o mundo precisa ouvi-las. As letras e melodias são tocantes, simples e profundas. Sabe quando você ouve uma música ou lê algo e fica com aquele gostinho de quero mais? Pois então, a cada música que eu ia ouvindo, esse gostinho aumentava. 

A dupla se chama Anavitória e é formada por duas meninas lindas - Ana e Vitória - de timbres de voz bem diferentes que formam um som lindo e singular. Pesquisando sobre a dupla, descobri que elas estão tentando gravar o primeiro CD e precisam de toda ajuda pra esse sonho se concretizar. Se ao ouvir as músicas que vou partilhar aqui, você sentir o mesmo que senti, e eu tenho certeza que sentirá, te convido a contribuir com o lançamento desse CD recheado de amor em forma de música. Para saber como colaborar, assista esse vídeo que explica direitinho.

Agora, chega de papo e vamos ouvir essa seleção de lindas melodias poéticas.




"Me passeia
Que eu gosto de arrepiar
Sob suas digitais
É impossível calar
É feito sorte
Me abraça forte
E tateia o meu caminho"



"É tão particular o meu encontro quando é com você
O meu sorriso quando tem o teu para acompanhar
As minhas histórias quando você para pra escutar
A minha vida quando tenho alguém pra chamar
De vida."



"É que dengo
Em você encontrei o meu melhor
E não consigo amarrar um outro
Nó com alguém além de ti, meu bem
Não sei porque"



"Se for ficar, fica de uma vez, não enrola
Porque enrolar é só dentro do abraço
Que eu faço questão de ser o meu
Que cabe tu
E é só teu"



"É tão bom te acompanhar
E ver você sendo você
Te observar me adivinhar
E me ler sem legenda nenhuma"


Como você deve ter observado, coloquei embaixo de cada vídeo um trechinho da música que tocou meu coração. Espero que toque o seu também.

terça-feira, 22 de dezembro de 2015

MINIMALISMO



O minimalismo é um estilo de vida que baseia-se em focar no essencial e eliminar o supérfluo. Sua base é formada por alguns dos princípios do Budismo Zen – dentre eles, o desapego, a redução do sofrimento, a busca pela felicidade, o foco, a atenção, a compaixão. Esta filosofia prega que o materialismo como forma de gratificação pessoal e status deve ser rejeitado, buscando assim ter apenas as posses essenciais. 

Quando conseguimos selecionar o que realmente necessitamos, passamos a fazer escolhas conscientes, nos libertando de medos, preocupações, angústias, culpa e das arapucas do consumo exagerado que nos submetemos. Assim, deixamos de nos sentir sufocados em uma jaula formada pelos nossos empregos ou por determinados círculos sociais.

Não existem regras para ser minimalista, não há uma “receita” a ser seguida, pois cada um deve saber o que é importante para sua vida. A mudança está ligada ao conceito que cada um tem do que é felicidade. Ou seja, pode ser que o que eu considero fundamental para minha vida, não seja o indispensável para a sua e vice-versa. A questão está no significado real que as coisas possuem para nossas vidas e se não estamos nos arruinando para possuí-las, perdendo até nossa saúde. O importante é levar a mudança nos seus limites, para que você possa se sentir bem consigo mesmo, sem culpas.

Além de eliminar as coisas materiais que não nos são necessárias, o minimalismo propõe que nos livremos da tralha mental, distrações e tudo que possa nos afastar do nosso foco, mantendo apenas o essencial. E isso inclui ao que tange relacionamentos, empregos, compromissos e estilo de vida. Isto é, elidir o que não é preciso, abrindo espaço para que as coisas que nos dão alegria possam entrar.

Desta forma, não há como definir se alguém é mais minimalista do que outrem, pois o que é suficiente pra você, só pode ser definido por você. Aderir ao minimalismo não significa ter um estilo de vida radical em que contamos as coisas que possuímos, ou decidamos não ter nada. O minimalista consegue entender o real valor das coisas, não sendo emotivo em relação à estas e, assim, consegue livrar-se de tudo que não tenha significado ou utilidade para uma vida mais feliz. Resumidamente, ser minimalista é optar por ter uma melhor qualidade de vida.

Textos usados como base: 1 - 2 - 3 - 4

sexta-feira, 18 de dezembro de 2015

LIBERDADE: UM ESTADO DE ESPÍRITO



Sentir-se livre é algo almejado pela maioria das pessoas. Mas, nem todas sabem o que é de fato ser livre. Muitos confundem ter liberdade com não ter limites, e ingenuamente acreditam que é impossível ser livre e obedecer qualquer tipo de regra simultaneamente. Assim, pensam que ser livre é não ter que dar satisfação a ninguém, não depender de ninguém. Enganam-se, pois o impossível é viver independente de todos em uma sociedade em que conviver é uma das mais básicas relações envolvidas. E a convivência por si só abrange dependência entre os relacionados. 

Liberdade é um estado de espírito. Você deve se sentir livre onde e com quem quer que esteja. Ser livre é ter pleno controle do que acontece na sua vida, ter autonomia para tomar decisões próprias. Se para se sentir livre, você depende da autorização de outra pessoa, seu conceito de liberdade precisa ser repensado. A liberdade vem de dentro e só nós mesmos somos responsáveis pela presença, ou não, dela em nossas vidas.

Desta forma, penso que ser livre é se aceitar e se amar como é. É encarar uma sociedade que impõe padrões para serem vividos e mesmo assim ter opiniões próprias, escolhendo o caminho que irá trilhar e aceitando as falhas e os acertos. É ter coragem para desbravar o mundo em busca do que quer, mas entender que quando algo não acontece da forma que gostaria, é porque não era para ser assim.



Ademais, a liberdade envolve o olhar para o outro. Além de se aceitar, é preciso acolher as pessoas com toda sua diversidade. Não podemos confundir a nossa liberdade com o desrespeito alheio. É preciso entender que não são todos que pensam e compartilham dos mesmos princípios e opiniões que nós, e não deixar que a nossa busca em nos amar e nos sentir livres se torne um preceito para condená-los. É aqui que observamos que dependemos de outras pessoas para estabelecer boas relações, ou seja, ser livre em sociedade não é ser sozinho e alheio ao que nos rodeia.

Assim, concluo dizendo que ser livre está bem atrelado ao conceito de respeito. Pra ser livres, precisamos respeitar a nós mesmos e a todos que convivemos. A liberdade é de certa forma mais uma expressão do amor. Se sentir livre é se sentir aceito, amado e respeitado simultaneamente. E como já dito, esse sentimento vem de dentro e só nós mesmos podemos nos permitir senti-lo. Sinta-se livre em todas as suas relações, independente de quem está envolvido, pois você é o único responsável por essa sinestesia.

sexta-feira, 4 de dezembro de 2015

SOMOS UNICAMENTE LINDOS

Em um mundo onde apontar o defeito alheio é praticamente obrigação, não notamos que estamos mirando longe do alvo certo: as qualidades alheias. As palavras tem sua própria energia e quando direcionamos palavras à alguém, estamos recebendo e doando a energia dessas simultaneamente. A escolha é sua, quais energias você quer para você, boas ou ruins? O que irá escolher dizer para os outros?



Em seu livro “O Verdadeiro Poder da Água”, Masaru Emoto descreve brilhantemente como a água reage ao ser exposta a determinadas palavras. Ele conseguiu comprovar que a água forma cristais belíssimos ao receber palavras e pensamentos de caráter positivo, e o contrário ocorre ao captar termos negativos. É cientificamente comprovado por ele que as palavras têm poder.

Mas não é preciso comprovar cientificamente esse fato para percebê-lo. Nas nossas mais simples ações conseguimos ver como é gratificante ser gentil, com palavras e gestos. Experimente andar na rua com um sorriso sincero no rosto ao invés de transmitir seriedade e neutralidade em relação ao que está acontecendo em sua volta. Você começará a notar como as pessoas são lindas e como é bom receber um sorriso de volta.

Sabe aquele seu amigo com sérios problemas de auto estima? Diga a ele o quão importante, especial e lindo, maravilhoso ele é. As pessoas são todas lindas e nem todas têm consciência disso. Estão apagadas pelas imposições de uma sociedade que dita padrões a serem seguidos. Cada pessoa é de um jeito, e é essa diversidade que nos torna lindos e únicos. Se fôssemos todos iguais, seríamos todos sem graça. Cada um de nós carrega um brilho estonteante, somos como cada estrela no céu. Osho nos deixou um recado brilhante: "Nunca existiu uma pessoa como você antes, não existe ninguém neste mundo como você agora e nem nunca existirá. Veja só o respeito que a vida tem por você. Você é uma obra de arte — impossível de repetir, incomparável, absolutamente única."




Você provavelmente já ouviu falar a famosa frase do Profeta Gentileza: “gentileza gera gentileza”. Não há frase que eu considero mais linda e verdadeira no mundo. É o famoso carma se manifestando: o que você trás de bom pro mundo, será levado de volta a você, e o mesmo acontece com o ruim. Eu acredito que seja possível um mundo gentil, onde todos queiram o melhor pra todos, é um questão de escolha, como tudo na vida.

Ao espalhar gentileza pelo mundo, você se surpreende em como a sua vida se torna melhor, mais gostosa e prazerosa de ser vivida. Tudo se torna mais belo. O líder comunitário Sri Sri Ravi Shankar brilhantemente disse que “uma mente saudável gosta de elevar os outros. Uma mente doente gosta de pôr tudo para baixo”. Essa é a mais pura verdade. Meu pai costuma dizer que “da boca sai o que o coração está cheio”, ou seja, se você diz coisas belas é porque está cheio delas, e, assim, sua mente também está. 

Logo, a beleza está nos olhos de quem vê. Se você vê beleza em tudo, a vida será linda pra você. Antes de dizer algo sobre as escolhas e características de outra pessoa pense “quem sou eu para julgar? O que me torna melhor do que essa pessoa?”. Você verá que por mais que sejamos todos diferentes, somos todos iguais. Sentimos as mesmas coisas, mesmo que em temporalidades distintas. Afinal, somos todos seres humanos. Somos todos unicamente lindos. E devemos espalhar essa boa para o máximo de indivíduos possível, porque todos precisamos saber disso. Então diga, grite para o mundo ouvir como todos são belos.